De todos os beijos daquele verão, só um me vem à cabeça... De todas as bocas que eu conheci, apenas uma não me sai do pensamento. Eu tento mudar de assunto e ele volta e volta e volta e volta sem parar.
O toque não foi normal, o gosto não foi comum... Tinha mais alguma coisa ali, foi a primeira vez que eu senti que o universo parou para aplaudir a beleza de duas bocas se re(encontrando). Quem sabe não foi isso que me paralisou?
Naquele momento, se ele me pedisse pra pular de um prédio, eu diria sim. Como cantou Capital: qualquer coisa pra você gostar de mim. Eu vi a vida congelada num momento inesquecível de um passado que nunca passou.
Mas aí o verão acabou e da minha janela, eu admirei a estação mudar! Não se pode voltar atrás, eu sei, por isso eu só peço às estrelas cadentes a chance de reviver a minha cena preferida.
Ao mago do amor que sempre me acompanhou, eu imploro:
Vê se traz o meu amor de volta em sete dias, vê se amarra o meu nome no coração desse menino... Vê se cruza o destino dele com a minha sina, enfeitiça mago, do jeito que ele já me enfeitiçou!
O que fazer agora se nem o nome dele eu sei? Ainda assim, procuro um perfume que jamais esquecerei.
via: Meu Conto de Falhas