Ela escrevia poesias e não sabia.

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Já morri de medo, de culpa, de raiva, de solidão, de tristeza; de tudo. Eu não era uma pessoa sociável. Gostava do recolhimento, da timidez e do silêncio.
Eu era formada e pós graduada na arte dedisfarçar. Sorria por fora, enquanto chorava por dentro.Meu público favorito era uma caneta e alguns papéis. Minha terapia era escrever, mesmo sabendo que ninguém iria ler.


Na escrita, eu era livre, fazia o que eu queria, sem ninguém dizer: “isso pode, isso não”. Me afogava nas palavras e desabafava para aquele papel. Eram folhas do meu caderno do sexto ano. A vida não me aprisionou, foi eu quem aprisionei a vida. Me tranquei no meu mundinho e alí fiquei.


Quem diria que esse histórico depressivo e problemático mudaria. Eu passei por muitas mortes, como cita o primeiro parágrafo. Mas, de todas as mortes, a melhor de todas foi morrer pra mundo e viver pra CRISTO.


Agora, eu vivo para aquele que fez questão de carregar minhas dores e dizer: “pegue aquelas histórias que você escrevia e mostre para o mundo o seu roteiro de poesias, dirigido por mim”. Mas que ironia, eu escrevia poesias e não sabia.


Via: Jovem Hadassa