Portanto, quando nos dispomos a orar temos que fazê-lo como o coração. Aquela prece que brota do íntimo, que se processa através de palavras sinceras e puras. Pois a oração é muito mais que abrir a boca e usar o nome de Deus, dizendo algumas palavras saídas da mente ou mesmo apenas lendo algo escrito por alguém.
A oração exige disciplina de pensamento. Se tivermos a humildade de ouvir o nosso interior tão logo comecemos a orar, vamos observar que nossa mente fica bombardeada por muitos outros pensamentos. Vamos lembrar algo a ser feito, um sentimento de pressa, uma indolência no corpo. Assim, muitas vezes nós nos sentimos cansados e decidimos por desistir da oração fervorosa. Nós nos voltamos á forma, a oração ditada e assim perdemos a oportunidade de manter acesa a comunhão com Deus.
Lutero dizia que quando estava mais ocupado, tinha que orar pelos menos três horas naquele dia. Aprendera que o segredo do sucesso está em Deus. Jesus, quanto mais ocupado estava mais orava. Se passava todo o dia com as multidões, gastava a noite em oração. “Fecha a porta atrás de ti e ora a sós com teu Pai dos céus”. O Mestre costumava orar na altura dos montes e na solidão dos desertos onde não havia cubículo nem portas.
Portanto, ao dizer estas palavras, ele nos convida a nos voltar para o nosso interior espiritual, para a nossa alma, para o nosso EU DIVINO. Isso significa que quando nos dispomos a orar, temos que fechar as portas que nos mantém em contato com o mundo externo, dos sentidos, das sensações, portanto dos pensamentos. Este é o caminho que nos permite que a nossa oração chegue até Deus.
“Seja o que for que peçais na prece, crede que obtereis e concedido vos será o que pedirdes”.
(Marcos 11,24).